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16.1.07

Um relato completo

Dia 13/09/2006 - Casamento civil

Eu achava que não ia ficar ansiosa para tal etapa, mas na terça feira a noite eu tinha cólicas, cólicas e cólicas. Ainda ficamos eu e o Davi escolhendo as músicas do casamento religioso. Já era terça pra quarta e não sabíamos o que iria tocar na Igreja. Ficamos até as 5h da manhã pra decidir entre tantas e tantas lindas que tínhamos em mãos, e outras que iam surgindo na internet. Tínhamos o Kazaa e um outro lá, que eu esqeuci o nome baixando músicas e mais músicas.

De manhã não fui trabalhar (óbvio) saímos de casa eram 8h30, muito bem arrumados, obrigada. O Davi estava lindo e eu também estava bem. E inteiros. Pegamos o Jakson e a Renata, nossos padrinhos de civil, lá na casa dele. Chegamos no cartório do Tucuruvi era mais ou menos 9h10. Éramos o terceiro casal da ordem de chegada. Tinha um casal de senhores, um outro jovem, assim como nós, mas nenhum deles estavam tão bonitos e se sentindo tão bem quanto nós dois.

A verdade é que o casamento civil é muito sem graça, mas também não posso dizer que não senti nada. O momento que nos chamam deu um frio na barriga..... e depois ocorreu tudo normalmente. O Juiz de paz era muito divertido. Não tem o que explicar ou descrever sobre a 'cerimônia' em si. Uma mulher lê a certidão de casamento, as alterações de nomes. Em seguida o juiz de paz pergunta se é de livre e espontânea vontade que ambos estão ali. Depois da resposta óbvia, assinamos o livro, recebemos a certidão de casamento, e pronto. estado civil: CASADOS.

Tudo acabou eram 10h30 se não me engano. Deixamos o Kiko e Renata onde pegamos e fomos resolver a questão das benditas músicas. Com o CD gravado, fomos na casa de uma das decoradoras entregar, a Margarete, ela ouviu, disse que estava lindo e diferente. Acertamos alguns detalhes finais e fomos todos trabalhar. Não podemos deixar de citar que só conseguimos fazer tudo isso porque a Tia Graça nos levou em todos os lugares, mesmo cheia de clientes para atender. foi uma semana um tanto atordoada pra ela também. Muitas atividades por conta do casamento e todos os clientes dando problemas pra ela, justo nesta semana. Coisas da profissão. Mas bem que poderiam ter amenizado né......

Agora imagina eu chegando no Esperia. De vestido rosa pink, de lente de contato, cabelo arrumado, maquiagem feita.... eu estava pronta pra ir a uma festa a noite e nem eram meio dia. Primeiro que eu cheguei e ficou todo mundo falando que eu não era eu. Teve gente que não me reconheceu, tiveram clientes - os meus diários do Anhembi - que pediram pra eu avisar 'a minha irmã gêmea' que eu não precisava mais voltar..... esse povo..... até hoje eu escuto sobre aquele dia.....

Além de todos os aparatos que colaboram para a mudança do visual de uma pessoa, não posso desconsiderar o fator mais importante e o que nos deixou mais bonitos: A ALEGRIA QUE ESTÁVAMOS SENTINDO PELA REALIZAÇÃO DE NOSSOS SONHOS. Todos, um por um, aos poucos. A casa estava praticamente pronta e limpa (agora tem uma moça que limpa semanalmente minha casa, a Solange), o casamento civil, o religioso por chegar..... que alegria......

Dia 14/09/2006 - Véspera

Nesse dia não fui trabalhar. A D. Iara havia me dado 5 dias para resolver o que precisasse. Isso significava quinta, sábado, domingo, segunda e terça. Sexta não conta né. ERA O GRANDE DIA.

Preciso dizer que eu passei muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito mal a noite. Nesta quinta eu não conseguia dormir. Lembro-me nitidamente que eu deitei (e cedo) na cama, meu corpo doía muito, mas muito mesmo. O Davi não ia deitar aquela hora, mas ele me cobriu, apagou a luz, deixou só a minha arandela acesa e ficou ali do meu lado. Lembro-me que não conseguia parar de falar, de lembrar de coisas que eu não podia esquecer. Ele disse pra eu me desligar um pouco dos problemas e deixar rolar, e o tempo toso acariciando meus cabelos. O sono e as dores eram intensas, mas eu não dormia. Fiquei assim não sei quanto tempo. Só sei que dormi.

Dia 15/09/2006- O Grande dia

Amanheci calma e muito melhor. Mas foi um dia que começou agitado. O Davi estava nervoso, tinha muita coisa a se fazer. Inclusive as malas. Acabou que coube a roupa dos 3 na mala do Olavo. Deixei pra terminar quando passássemos em casa para buscá-las para a viagem. Mesmo sabendo que seria uma correria. Mas eu ainda iria usar os pentes, perfumes, chinelos.... deixei rolar. (não sei se segui o conselho tarde, ou se aquele era o momento de começar a deixar as coisas rolarem). A última vez que vi o Davi era 10h da manhã. Hoje eu sei que ele fez o dia do noivo lá no Akira. Eu fui para o Angel's 15h. Levei bastante coisa. Os vestidos, as lentes, na verdade nem lembro mais o que levei, só lembro que saí de casa atolada de coisas.

Me preparei e fui tratada como uma rainhae a Gaby, como uma princesa. Ao sair do Angel's, tocaram música, acenderam flashs, parecia coisa de cinema, e funcionou para mim, me sentia A estrela e a estrelinha. A Gaby estava linda, mas eu sabia que aquelas mini rosas verdadeiras no cabelinho dela não iam durar muito. Ela não parava quieta no salão, que sempre tinha alguém mexendo e arrumando, iamginava quando saímos dali, quem iria cuidar dela se só eu ponho o facho nela...... eu só estava vendo o que ia acontecer.... ela entraria toda descabelada da Igreja, com a almofadinha das alianças em uma mão, e na outra, as flores que ela mesma arrancaria... mas estava valendo, ela é uma criança e eu não ia implicar com isso, o dia estava sendo puxado demais para todos, quanto mais pra ela que teria que exercitar a paciência. E quem conhece paciência de criança.........

Chegou a hora que EU quera estar na Igreja: 19h30. E lá eu estava, meia hora antes do horário marcado. Calma, calma, calma, não criemos pânico, é isso mesmo, cheguei meia hora antes, e nãe era medo de perder o noivo não. Vou explicar.....

Uma semana antes do casamento, eu fui acertar detalhes finais da cerimônia. Já haviam me dado a dica (a decoradora) que ele AMA pontualidade. Em nossa conversa, ele afirmou isso.Logo, tudo o que a decoradora havia me falado dele, era verdade. E como eu queria uma cerimônia bonita e emocinante, cheguei antes. Viram, acho que todos chegariam....

Mas isso foi só o começo..... todo mundo já estava lá, menos meu irmão, que era padrinho. Nem ele, nem Drika, nem Guilherme.... fiquei um pouco nervosa, mas depois, taquei o foda-se. De que iria me adiantar ficar irritada, afinal, era o dia do MEU casamento. Ele estava preso no transito, o que fiz foi pedir calma pra Deus e que Ele liberasse os farois pra dar tempo. O padre até que foi bonzinho... esperou meu irmão 30 minutos. Olha se não é engraçado. A noiva que chega antes, o noivo presente, e por que não tem casamento? Porque os padrinhos não estão presentes! heheheheheheeheh Passou a ser engraçada a história depois, tudo o que meu irmão passou no trânsito..... muita risada. Mas ainda bem que eu cheguei cedo. Foi o que amenizou o padre pra poder esperar....

Bom, mas voltando..... estava eu lá no carro, cansada porque vestido de noiva apeeeeeeerta que é uma beleza, e nada de começar. De reente eu escuto a música da entrada do cortejo. Pensei comigo: 'Eu deveria estar ao lado da Igreja, e não dentro do carro', abri a porta, vi qual era o padrinho que estava entrando e me posicionei onde eu sabia que tinha que ficar. Aí eu escuto: MEU DEUS, TEM QUE PEGAR A VANESSA NO CARRO! Quando saíram correndo pra me buscar, eu já estava pronta, até com o vestido arrumado (pega-se prática de tanto que se prova). Quem havia ficado comigo pra me ajudar a sair do carro foi a Tatinha Flor, foi ela quem me ajudou andando até a porta e quem fechou o carro e ficou com as chaves. Linda, como eu fiquei feliz que ela estava lá...... Meu pai estava nervoso, não conseguia se concentrar na entrada porque meu irmão não chegava, depois fiquei sabendo que ele nem lembra da entrada de tão nervoso que estava preocupado com meu irmão. Mas eu me lembro muito bem.....

Quando a música começou a tocar (Céu de Santo Amaro)... minhas pernas tremiam, meu coração disparou, não tenho a mínima idéia de como explicar as outras sensações.... tremer e a desrritimia cardíaca são os únicos sentimentos que todos sabem o que é. O resto, só passando. è como ser mãe, ser pai, só sabe quem passou. E quem vai passar, não tem idéia do é. É totalmente diferente de tudo. Eu estava entrando com meu pai lindo na Igreja, indo de encontro com o homem que me eu amo.., eu estava irradiante, não me cabia em mim. Lembro que eu sorria muito, e lembro que meu sorriso tremia também. Quando a porta abriu, vi o Davi lá no altar me esperando, me emocionei e pensei: 'não vou olhar agora, se eu puder segurar mais um pouco, eu vou!' e entrei olhando pra todo mundo. Tudo bem que na hora que eu parei lá em cima, não lembrava de mais ninguém que estava sentado. O corredor acabou e meu pai me entregou para o Davi. A cena foi linda, muitos sorrisos, um abraço forte e eu me apoiei no braço do meu em tão breve marido. A cerimônia foi linda. O padre muito divertido e simpático, fez toda a igreja sorrir. Até que não gostava de Igrja, gostou do padre. Padre Gabriel. Um homem que quando não está de batina, está com o uniforme do Corinthias. Um barato. Mas, voltando ao casamento..... Um pouco depois que estávamos no altar, meu irmão chegou. Olhei pra ele, e fiz um aceno com um beijo. Fiquei feliz por vê-lo ali com aquele jeito todo descontraído, rindo, meio que empurrando todo mundo... esse Nego não muda.... Desse momento em diante não olhei mais para aquela direção. Todas as pessoas que eu amo estavam no altar (não desmerecendo as que estavam sentadas na igreja) e eu não queria chorar, principalmente porque eu sei que só tem manteiga derretida em brasa alta. se eu visse um, pronto, eu não seguraria.

Momento das alianças: quando a Gabriellynha apareceu ao lado do Guilherme na porta da Igreja.... sem comentários. Nesse momento sim, quase chorei, e desviei minha atenção. Todos os convidados fizeram o básico 'uhmmmmmmmmmm que lindos' e pronto, não tinha mais noiva no altar, só a Gabrielly e Guilherme. O Gui com as flores da homenagem, e a Gaby com as alianças. Ela entregou as alianças pro Davi e ele se emocionou muito. Limpou as lágrimas que insistiam cair, e entregou para o padre. Pe Gabriel abençoou, nós fizemos as juras, olhando nos olhos, sentindo toda a emoção do momento. E eu sabia que todos que estavam ali, sentiam o mesmo. Logo após houve a homenagem aos meus pais, onde o Pe Gabriel os convidou ao altar para abençoa-los também, pelos 38 anos de casamento. Um casamento verdadeiro cheio de amor. O Guilherme entregou as flores para a mamãe, eles deram um beijinho (uhmmmmmmmmmm) e receberam a benção. O Pe também chamou os pais do Davi, abençoou a união de 13 anos deles, e os quatro, meus pais e os do Davi, ali mesmo no altar fizeram uma coroa com as mãos sobre as nossas cabeças e abençoaram, junto com o Pe Gabriel e Nosso Senhor, a minha união com o Davi. Nos comprimentos foi a queda da fortaleza. Nós, de frente para a Igreja e todos os convidados recebemos os cumprimentos dos padrinhos que vinham até nós, e já saíam da igreja. Por último saíram o Gui e a Gaby. E Depois nós dois, e só aí, é que os convidados saíram. Recebemos os cumprimentos lá mesmo na porta da Igreja. Joguei o bouquet e adivinha quem pegou?? A Heloisa! Parece piada e mentira e algo combnado, mas foi verdade. Nem acreditei quando vi...... Foi muita risada!!!

É muito irônico o que vou contar, mas não fiz festa. A única coisa que teve foi um jantar no Arcos da Cantareira para os pais e padrinhos e alguns pouquíssimos amigos. Quando cheguei lá, estava tudo arrumado, decorado, com mesa de bolo e tudo mais. Quem aprontou tudo estava lá sentada: Iara e Tina. E estavam lá para prestigiar também a Vivian e o Enrico. Gente como eu fiquei feliz que eles estavam lá. Era um dia que tinha muita festa no buffet, o dia que na madrugada de quinta pra sexta, nasceu o Pietro, neto da D Iara, ninguém tinha dormido ainda. O sr. Márcio também estava presente lá, mas quando eu cheguei ele já tinha ido embora, diz que não estava se sentindo muito bem porque o pessoal foi chegando todo arrumado, e ele e a D Iara estavam de jeans.... acha? Foi embora por causa disso!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Ai não aguentei. Tiiiiiiiiiiiiive que ficar triste!!!! (rs) Brincadeira, claro que não fiquei triste, fiquei muito feliz de saber que eles esteve por lá. E com certeza eu não estava nem aí pra esses detalhes. Mas eu o entendo. E aqui eixo registrado meu carinho muito especial por eles. Também não posso deixar de citar que conversei com o Andres lá nos USA. Não consegui falar com ele direito, a ligação demora pra responder, e eu toda afobada nem sei se ele entendeu alguma coisa do que eu falava. O que importa é que eu fiquei felissíssima de conversar com ele!!!!!!!!!!

Foi tudo muito lindo, o jantar, as fotos, o bolo (ai que bolo delicioso.....) Lembro que eu e o Davi chegamos no Arcos as 22h30. Saímos de lá às 01h30, praticamente voando, porque tínhamos que chegar em casa e a intensão era somente tirar a roupa, colocar o que faltava na mala e estrada para o aeroporto.

Dia 16/09/2006 - A viagem

O voo saia as 4 da manhã. Chegamos em casa, eu não aguentava mais o vestido. Quando pedi para o Davi me ajudar a tirar aquilo, meu corpo estava todo marcado. O que geralmente é tão romântico, quase se tornou cômico se não fosse pelo estrago. Isso ninguém conta nas histórias lindas de amor. Vestido 'tomara que caia' é preso por um elástico que fica na caixa toráxica, abaixo dos seios. Isso mesmo, um vestido de noiva é sustentado apenas por um elástico muito forte, mais nada. Então imagine que eu coloquei o 'elástico' as 18h, e fiquei com aquilo me apertado até 2h da manhã. Lá no Arcos ainda eu virava pro Davi, e pedia pelo amor de Deus pra ir embora pra tirar o vestido. Quando cheguei em casa e tirei, parecia que eu tinha apanhado, aonde tinha a costura do elástico estava marcado com sangue pisado, acho que ficou assim porque o vestido pesava muito, eram 15kg de vestido presos no busto. Então... aí tomamos nosso banho, e quem disse que saía os trecos do meu cabelo e do cabelo da Gaby?? Lavamos 3 vezes, e o nosso banho durou 40 minutos, então, nos atrasamos. Até nos arrumar e terminar a mala (colocar o que levamos para o salão e a necessair com shampoo, condicionador..... ) saímos de casa as 3h15. Só para lembrar o voo era as 4h. Chegamos lá, fizemos o check in (é assim que se escreve??) e já levantamos voo. Quem nos levou foi o meu pai e o meu irmão, contando no caminho as peripécias que o fez chegar atrasado, o caos que foi antes do casamento em casa. Os bastidores que eu não acompanhei.

Engraçado foi a Gaby para entrar no avião. Eu já tinha entrado com a Solange, quando eu era criança, mas nunca havia voado. Mas a Gaby estava eufórica. Ela sempre via o avião do quintal de casa, e agora estava dentro de um, rumo á Bonito - Mato Grosso do Sul. E eu também estava ansiosa. Na verdade não fo nada daquilo. É muito legal mas eu esperava mais de tanto que falavam. Mas a Gaby achou explêndido. Falava: 'Olha, o céu tá no chão mamãe!!' e a gente riiiiiiiiiiiiiiiiia. Voo rápido de 1h30. Deveríamos chegar lá às 5h30, mas chegamos às 4h30, por causa do horário de verão. Ficamos presos no aeroporto porque a locadora de carros só liberaria o nosso às 6h. Logo, dormimos no aeroporto. Bem coisa de paulista memso que não tá nem aí nos lugares. Às 6h30 saímos do aeroporto e pegamos a estrada, mas antes tomamos um café da manha lá em Campo Grande. O lugar é lindo. As estradas são canaviais eternos, passamos por muitas usinas. Antes de pegarmos a estrada fomos recebidos cordialmente por um tucano. Fiquei encantada! Nunca vi um desses voando, nem em zoo (que merda de bióloga). Tamanduá atravessando a estrada, perdizes.... paramos em Sidrolândia um pouco, como a estrada era desconhecida para nós, fazíamos a viagem 'devagar', compramos um CD do Almir Sater para escutar e diminuir o cansaço, mas não teve jeito. Paramos no meio da estrada. Uma estrada estreitinha, um perigo, só que mais perigosos era viajar com o Davi com sono. Jogamos água no rosto, contamos piada, demos risada, ele fumou um pouco, lembramos alguns fatos deaquela semana e voltamos apara a estrada. Chegamos em Bonito era 1h da tarde. Havíamos atravessado 430km, num Gol bolinha 2006. Ainda bem que a estrada era boa....

Chegamos na Pousada Rosa Rose, a guia turística, Lilian, e dona disse que não tinha mais o que fazer na cidade dos passeios porque tudo é agendado no período da manhã, então resolvemos procurar algum lugar para almoçar. Almoçamos na 'Casa do Jacaré', e nem preciso dizer qual foi o prato né?? Muito gostoso. Demos uma volta na cidade e voltamos para a pousada às 15h e dormimos até a noite chegar. A Gaby coitada, só dormiu neste sábado. A noite saímos para jantar, e a cidade morreu. Tinha tudo, mas não tinha o que fazer.

Dia 17/09/2006 - Passeios

Quem dirira, depois dessa correria levantamos às 7h da manhã. Mas detalhe, não eram 7h, eram 6h por causa do fuso-horário. Tomamos café da manhã e saímos. Primeira parada foi a Gruta do Lago Azul. Foi por causa dessa gruta que nasceu Bonito, através do Fantástico em uma de suas reportagens sensacionlistas de 'o Brasil tem lugares maravilhosos ainda inexplorados'. Chegamos lá tivemos que esperar as expedições para poder descer e o pior, um de cada vez porque a Gabyzinha não podia entrar na gruta. Lá só entra pessoas acima de 12 anos. Todos de capacete por conta dos estalactites. Dizem que volta e meia um desprende e desce com toda a força, e como a gruta é bem alta, o estrago pode ser grande. Lá é lindo demais. Aquele auzul que mostra na televisão é muito mais azul pessoalmente, e eu que achava que era coloração da Globo..... As informações que nos foram passadas sobre a gruta são:

- tem aproximadamente 350 mil anos;

- não sabe-se de onde vem a água (claro que de lençol freático, mas não sabem qual).

- e logo não sabem pra onde vai. existe uma correntesa bem suave lá. Pra quem está de frente pro lago, a correntesa é da esquerda para a direita. Sabe-se que tem ao fundo da gruta, mais para o lado direito dela (o que justifica o lado da suave correntesa) uma saída que deve voltar para um lençol freático ou sei lá pra onde. Já tentaram passar por ela, mas dizem não conseguir ir muito além com o mergulho porque o tanque de oxigênio atrapalha na passagem por ser estreita,

- ninguém pode nem tocar na água;

- conta o guia que quando algo cai na água, precisa da autorização do IBAMA para poder entrar e retirar o objeto (lata, garrafa, essas coisas....), por isso é proibido entrar comendo, mastigando, bebendo....

- a taxa de oxigênio da água é baixissimo;

- o Ph da agua é totalmente instável. Dias neutro, outros ácido, e em outros momentos totalmente alcalino;

- a temperatura também varia entre fria e morna;

- não há vida aquática com excessão de um camarão que consegue sobreviver com todas as condições ali existentes;

- a água é totalmente limpida. Há um tronco dentro do lago que está a mais ou menos 15 metros de profundidade, e dá pra ver de onde estávamos,

- existem dois fósseis dentro do lago que não podem ser retirados para estudo porque a área foi protegida por lei e não pode ser alterada em nada. Um deles é de um humano, que eles acreditam ter sido morto e jogado na água. Uma daquelas histórias de brigas entre capatazes da região. Oo outro de um animal extinto (que não me recordo mais o nome).

- A luz do sol só toca na água 25 dias do ano. Isso acontece entre 20 de dezembro e 20 de janeiro de todos os anos. Nessa época os turistas estão em briga por conta das vagas. Dizem que a cena é M-RA-VI-LHO-SA. Quando nós fomos já estavam fechados todas as datas desses dias. Nos dias em que o fenômeno acontece, só 24 pessoas por dia são presenteadas pela natureza. Quando se faz a expedição para entrar na gruta, entram 8 de cada vez e gruta tem 3 pontos de parada para observação do que está a nossa volta. por isso só 24 pessoas vêem o fenômeno: o grupo que está perto do lago, o que está no meio da gruta, e o que está entrando na gruta. A Lilian disse que os preços de tudo sobem quando é temporada por lá, e quando a luz do sol incide na água então....é bem maior $$$. Como pode né?

- dizem que em 'cheias' (época em que tem muita chuva no Mato Grosso do Sul - nós fomos no período de seca) ficam interditadas as expedições para a gruta devido o número alto de água que cai dos estalactites e as rochas ficam muito escorregadias podendo causar acidentes perigosos.

Conclusão, show de bola. Saímos de lá, voltamos para a pousada, almoçamos e fomos fazer a flutuação no rio Sucuri.

Para isso até alugamos uma maquina sub aquatica para registrarmos tudo tudo tudo. Chegamos lá, colocamos a roupa de mergulho e fomos de carro até a entrada que dá acesso ao rio. Uma trilha é linda, vimos a nascente do rio Sucuri. A água brotando da terra em muitos lugares simultaneamente. Vários pássaros, curiosidades da região. E por falar em curiosidade do lugar, a área onde está o rio é uma RPPN - Resserva Particular do Patrimônio Natural. O que isso significa: a região tem um dono. Um belo dia transformaram a região numa área protegida por órgãos locais e federais, como por exemplo, pelo IBAMA. Mesmo protegida a terra contunia tendo um dono, mas nem o dono pode alterar um milímetro o que está protegido. Para que existam esse tipo de 'passeio em terra alheia' existem muitas normais que os turistas TÊM que cumprir, juntamente com as agências de viagem, guias, etc etc etc, como por exemplo, é proibido tocar o fundo do rio (o leito) enquanto faz-se a flutuação. A roupa de mergulho, juntamente com o colete que eles disponibililzam praticamente impossibilitam a tentativa de um mergulho ao fundo do rio. Há trechos que o rio é tão raso, que a gente encosta o corpo na vegetação, e outros trechos que são bem fundos. Bom, independente desses detalhes, o dono dessa região deve estar ru=indo a toa com o turismo, porque com certeza ele leva uma parte do 'faz-me rir' $$$$$$$$ e no dia que ele cansar, pode interditar tudo, afinal é dele mesmo. A RPPN é eterna, e não pode ser quebrada por ninguém. Fica na família e passa de geração em geração. Mesmo que as terras sejam vendidas, separadas por herdeiros, ninguém pode fazer nada. Uma vez declarada RPPN, protegida por lei federal, já era. (acredito que isso só poderá mudar se alguma lei, ou decreto mudar e for aprovado; o que também acho bem improvável ainda mais com essa onda de proteção ao meio ambiente que pegou no mundo inteiro).

Quando chegamos ao rio, a Gaby entrou na água e saiu. Teve medo por causa do Snok (não tenho noção de como se escreve isso). Ela ficou no barco com o guia e descemos eu e o Davi o rio. Outra sensação maravilhosa. Só passando pra poder descrever. Os peixes vindo até nós, a beleza da vegetação aquática. Ficamos quase duas horas flutuando. Quando saímos a água já estava por demais fria. Viemos embora pra tomar logo um banho. Aqui neste passeio pouco a Gaby aproveitou. Apesar dela contar que o 'moço' mostrava os passarinhos do bico colorido, macaquinhos que faziam caretas pra ela.... Foi muito bom. Tiramos fotos e filmamos. Na verdade a filmagem a gente imaginou que fosse acontecer, porque conforme nós íamos na trilha, tinha uma besta fotogrando, me senti a estrela Dalva de Hollywood. E no final do dia, claro, ele mostrou sem compromisso um DVD com todas as fotos e filmagens que ele fez. Nada bobo né? Claro que ficamos com o DVD!

Antes de jantarmos, tomamos um banho e fomos conhecer um lugar chamado Projeto Jibóia. Um cara que viajou pra Austrália e perdeu o medo de jibóia lá com um outro cara, resolveu criar, encontrou problemas por ter este animal como 'bicho de estimação e resolveu criar um projeto de proteção. Foi isso que ouvimos lá. Ele também falou de reprodução, cuidados, essas coisas básicas. a so legal foi que pegamos na jibóia! hehehehehehehe

O Davi estava todo empolgado (acho que ele é muito mais biólogo do que eu.......) pegou, deixou ela deslizar, fazer o que queria. Já na minha vez eu relutei, e se aquele bicho não fosse com a minha cara????? Bom, mas peguei. No primeiro instante eu fiquei estátua, depois a jibóinha foi me passando segurança e eu fiquei mais a vontade (não deveria ser ao contrário) e agora eu quero ter uma! Nesse momento a Gaby dormia e não vi praticamente nada.

De lá fomos jantar. Eu não aguentava mais o cheiro de peixe depois de passar a tarde inteira dentro d'água. O Davi, óbvio, comeu pintado na telha, eu comi uma CARNE VERMELHA que nem me lembro mais o que era, mas era carne e era isso o que eu queria naquele momento. O nome do restaurante era Aquarium e foi o melhor em comida e atendimento. O garçom deu um atendimento fantástico. A cada prato que perguntávamos, ele explicava, descrevia seu praparo, e os comparava uns aos outros. Show de bola. Dormimos para uma segunda que seria bem longa.

Na segunda feira, acordamos cedo, tomamos café e fomos para o Balneário municipal da cidade de Bonito. Pra variar, o lugar é explêndido. Quando chegamos em uma lanchonete que tem lá, sem mais nem menos, pousa uma arara vermelha gigante na cadeira, se convidando a por ali ficar. Ela diariamente vai ali para pegar uma bala de yogurte. O Davi a pegou no braço, sem segredos, no meu nem quis saber. Tem uma foto que o Davi está com a arara em que, o braço levantado na altura do ombro, mostra o tamanho da cauda, abaixo da cintura dele. Linda demais. Tinha também um acasal de canidés que não se desgrudavam por nada, se um voasse, o outro voava também. Fidelidade acima de tudo.

Fomos desfilar o branco paulista no rio a nadar com os peixes que vinham até nós e depois iam embora. A Gabriellynha se deslumbrava.

Ficamos assim até dar o almoço, e depois voltamos pra pousada, era hora de arrumar as malas e voltar pra São Paulo.

Saímos de lá as 15h. Fizemos a viagem de volta em 2h30. Isso mesmo, 180 / 200 Km por hora. Em Campo Grande jantamos no aeroporto e esperamos o horário do voo. Ligamos pro meu pai ir nos buscar e ficamos olhando a previsão do tempo. Em Campo Grande, 32ºC, em São Paulo, 14ºC. Já troquei a roupa da Gaby no aeroporto mesmo, e eu fui do mesmo jeito que estava. Tiramos as ultimas fotos em Campo Grande. Entramos no avião e voltamos pra casa. No aeroporto, a calorenta da Vanessa correu pro banheiro pra trocar de roupa, eu morria de frio. Chegamos ja na madrugada de segunda para terça feira. Como a nossa cama é gostoooooooooooooooooooooooooooosssaaaaa.

Dia 25/09/06 Presentes

Chegaram meus presentes do Ponto Frio. è tudo muito lindo!!!!!!!!!!!!!! Como eu ganhei coisa!!!!!! Ainda bem que o meu armário é grande!!!!!! hehehehehe




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